* Por Josiane Aparecida de Miranda Messer
As doenças cardiovasculares são um grupo de doenças que atingem o coração e os vasos sanguíneos. Em muitos dos casos, essas doenças cursam para o infarto agudo do miocárdio, cirurgia de revascularização miocárdica, angioplastia coronária, reparação ou troca valvular, transplante cardíaco e insuficiência cardíaca crônica.
Para pessoas que têm doença cardiovascular ou apresentam alto risco de desenvolvê-la, como é o caso de quem tem hipertensão ou hipercolesterolemia, a reabilitação cardiovascular faz-se necessária.
A reabilitação cardiovascular é o conjunto de atividades necessárias para assegurar às pessoas com doenças cardiovasculares uma rotina de vida o mais normal possível. Inclui tratamento dos sintomas e modificação dos fatores de risco cardíaco, para prevenir o início e a progressão da doença cardíaca tanto quanto possível. Assim, este tratamento inclui a prática de exercício físico, sendo este, importante componente por reduzir a mortalidade e o risco de um novo evento cardíaco.
Estima-se que a prática de exercícios físicos na reabilitação cardiovascular reduz em média 22% o risco de morte por causa cardiovascular e 25% o risco de infarto agudo do miocárdio fatal.
Segundo orientações da Diretriz Sul-Americana de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular, o profissional de educação física capacitado para trabalhar com a reabilitação cardiovascular deve:
1) ter conhecimentos em reanimação cardiopulmonar básica e avançada;
2) educar os pacientes em relação aos exercícios e hábitos de vida saudáveis;
3) prescrever e aplicar o exercício físico aeróbico, de resistência muscular e de flexibilidade de acordo com os limites de segurança definidos pelo médico, quadro clínico do paciente, preferências individuais, experiências prévias com exercício e eventuais limitações osteo-mio-articulares.
Assim, um profissional de educação física habilitado e capacitado é de extrema importância neste processo, pois ele irá prescrever, orientar e monitorar a prática do exercício físico de acordo com a necessidade e capacidade física individual, além de manter o monitoramento e a troca de informações de maneira interdisciplinar com o médico que acompanha o paciente.
* Josiane Aparecida de Miranda Messer – Graduada em Educação Física- UFJF, Mestre em Educação Física-UFJF e
Doutora em Farmacologia-UNICAMP.